Floresta Secreta Internacional

sábado, 20 de abril de 2013

Os Seres Encantados: 10- Os Elfos




Elfo é uma criatura mística da Mitologia Nórdica e Céltica, que aparece com frequência na literatura medieval européia.
A descrição mais antiga existente dos elfos vem da mitologia Nórdica.
Em Nórdico Antigo eles são chamados álfar (no singular nominativo álfr)
e embora não existam descrições mais antigas ou mesmo contemporâneas, a
existência de seres etimologicamente relacionados aos álfar em vários
folclores posteriores sugere fortemente que a crença em elfos era comum
entre todas as tribos Germânicas, e não limitada apenas aos antigos
Escandinavos.
Embora o conceito em si nunca seja claramente definido nas fontes
existentes, os elfos parecem ter sido concebidos como seres humanóides
poderosos e belos. Os mitos sobre os elfos nunca foram registrados.
Homens famosos podiam ser elevados à posição de elfos após a morte,
como o rei Olaf Geistad-Elf. O herói ferreiro Völundr é identificado
como ‘Regente dos Elfos’ (vísi álfa) e ‘Rei dos Elfos’ (álfa ljóði), no
poema Völundarkviða, cuja prosa introduzida tardiamente também o
identifica como rei dos ‘Finns’, um povo Ártico respeitado por sua
magia xamânica. Na Saga de Thidrek uma rainha humana se surpreende ao
descobrir que o amante que a engravidara é um elfo e não um homem. Na
Saga de Hrolf Kraki um rei chamado Helgi estupra e engravida uma elfa
vestida em seda que é a mulher mais bela que ele já vira.
A reprodução entre as raças era, portanto, possível entre elfos e
homens na antiga crença Nórdica. A rainha humana que teve um amante
elfo deu a luz ao herói Högni, e a elfa que foi estuprada por Helgi deu
a luz a Skuld, que se casou com Hjörvard, assassino de Hrólfr Kraki. A
saga de Hrolf Kraki destaca que uma vez que Skuld era uma meio-elfa,
ela era bastante habilidosa em magia (seiðr), a ponto de ser
praticamente invencível em batalha. Quando seus guerreiros caíram, ela
os fez se erguerem novamente para continuarem lutando. A única maneira
de derrotá-la era capturá-la antes que pudesse invocar seus exércitos,
que incluíam guerreiros élficos.
Há também no Heimskringla e na Saga de Thorstein, Filho de Viking
registra uma linhagem de reis locais que reinavam sobre Álfheim, que
corresponde à moderna província Sueca de Bohuslän,e uma vez que eles
tinham sangue élfico é dito que eram mais belos que a maioria dos
homens.

A terra governada pelo Rei Alf era chamada Alfheim, e toda sua
descendência era relacionada aos elfos. Eles eram mais belos do que
qualquer outro povo…
O último dos reis é chamado Gandalf.
Em adição a estes aspectos humanos, eles são comumente descritos como
seres semidivinos associados com a fertilidade e o culto dos
ancestrais. A noção dos elfos portanto parece similar às crenças
animísticas em espíritos da natureza e dos mortos, comum a praticamente
todas as religiões humanas; isto também é verdade para a antiga crença
Nórdica nos dísirfylgjur vörðar (espíritos "seguidores" e
"protetores", respectivamente). Como espíritos, os elfos não eram
presos a limitações físicas e podiam atravessar muros e portas como os
fantasmas, como acontece no Norna-Gests þáttr. É dito que os elfos são
o equivalente Germânico das ninfas da mitologia Greco-Romana, e os vili
e rusalki da mitologia Eslava.
O mitógrafo e historiador Islandês Snorri Sturluson se refere aos anões
(dvergar) como "elfos da escuridão" (dökkálfar) ou "elfos negros"
(svartálfar); mas é incerto se isso reflete a crença medieval geral na
Escandinávia, Ele se refere aos demais elfos como "elfos da luz"
(ljósálfar), o que freqüentemente foi associado com a conexão dos elfos
com Freyr, o deus do sol (de acordo com Grímnismál, Edda Poético).
Snorri descreve as diferenças entre os elfos como se segue:

"Há um lugar lá [no céu] que é chamado de Lar dos Elfos (Álfheimr). As
pessoas que vivem lá são chamadas de elfos da luz (Ljósálfar). Mas os
elfos da escuridão (Dökkálfar) vivem sob a terra, e são diferentes em
aparência – e ainda mais diferentes na realidade. Os Elfos da Luz são
em aparência mais brilhantes do que o sol, e os Elfos da Escuridão são
mais negros que betume." (Snorri, Gylfaginning 17, Edda em Prosa)
"Sá er einn staðr þar, er kallaðr er Álfheimr. Þar byggvir fólk þat, er
Ljósálfar heita, en Dökkálfar búa niðri í jörðu, ok eru þeir ólíkir
þeim sýnum ok miklu ólíkari reyndum. Ljósálfar eru fegri en sól sýnum,
en Dökkálfar eru svartari en bik."


Evidências adicionais sobre os elfos na mitologia Nórdica vêm da poesia
Escáldica, o Edda Poético e as sagas lendárias. Nestes os elfos são
ligados aos Æsir, particularmente pela frase comum "Æsir e os elfos",
que presumivelmente significa "todos os deuses". Alguns estudiosos
compararam os elfos aos Vanir (deuses da fertilidade). Mas no Alvíssmál("As Citações do Todo-Sábio"), os elfos são considerados distintos
tanto dos Vanir quanto dos Æsir, como revelado por uma série de nomes
comparativos na qual Æsir, Vanir e elfos dão suas próprias versões pára
várias palavras em uma reflexão das preferências individuais de suas
raças. É possível que as palavras designem uma diferença em posição
entre os principais deuses da fertilidade (os Vanir) e os secundários
(os elfos). Grímnismál relata que Van Frey era o senhor de Álfheimr(significando "mundo-elfo"), o lar dos elfos da luz. Lokasenna relata
que um grande grupo de Æsir e elfos se reuniram  na corte dos Æsir para
um banquete. Várias forças menores, apresentadas como Byggvir e Beyla,
que pertenciam a Freyr, o senhor dos elfos, e eram provavelmente elfos,
uma vez que não foram registrados entre os deuses. Dois outros servos
mencionados são Fimafeng (que foi assassinado por Loki) e Eldir.
Alguns especulam que os Vanir e elfos pertencem a uma antiga religião
Escandinava da Idade do Bronze Nórdica, e foram mais tarde substituídos
pelos Æsir como os deuses principais. Outros (mais notavelmente Georges
Dumézil) argumentam que os Vanir eram os deuses dos Nórdicos comuns, e
os Æsir os deuses daqueles pertencentes às castas dos sacerdotes e dos
guerreiros.
Um poema de aproximadamente 1020, o Austrfaravísur (‘Versos da
Jornada-Ocidental’) de Sigvat Thordarson, menciona que, como um
Cristão, lhe foi recusado abrigo em uma casa pagã, na Suécia, porque um
álfablót ("sacrifício aos elfos") estava sendo conduzido ali. Contudo,
não temos mais informações sobre o que um álfablót envolvia, mas como
outros blóts ele provavelmente incluía ofertas de comida, e o folclore
Escandinavo tardio manteve a tradição de sacrificar petiscos aos elfos.
A partir da época do ano (próxima ao equinócio de outono) e a
associação dos elfos com a fertilidade e os ancestrais, podemos assumir
que tinha a ver com o culto dos ancestrais e a força de vida da família.
Em adição a isto, a Saga de Kormáks registra que aparentemente se
acreditava que um sacrifício aos elfos seria capaz de curar um sério
ferimento de batalha:

Þorvarð se curava lentamente, e quando pode ficar de pé ele foi ver
Þorðís, e perguntou a ela o que seria melhor para ajudá-lo a se curar. "Existe uma colina", respondeu ela, "não muito longe daqui, onde os
elfos têm suas moradas. Pegue o touro que Kormák matou, e pinte o lado
externo da colina com seu sangue, e faça uma festa para os elfos com
sua carne. Então você será curado".

Nesta mitologia os elfos chamam-se Alfs ou Alfr, também chamados de "elfos da luz" - Ljosalfr. São descritos como seres belos e luminosos, ou ainda seres semi-divinos, mágicos, semelhantes à imagem literária das fadas ou das ninfas. De fato, a palavra "Sol" na língua nórdica era Alfrothul, ou seja: o Raio Élfico; dizia-se que por isso seus raios seriam fatais a elfos e anões.
Eram divindades menores da natureza e da fertilidade. Os elfos são geralmente mostrados como jovens de grande beleza vivendo entre as florestas, sob a terra, em fontes e outros lugares naturais. Foram retratados como seres sensíveis, de longa vida ou imortalidade, com poderes mágicos, estreita ligação com a natureza e geralmente acompanhadas de ótimos arqueiros.
As mais antigas descrições de elfos vêm da Mitologia Nórdica. Eram chamados álfar, de singular álfr. Outros seres com nome etimologicamente relacionados a álfar sugerem que a crença em elfos não se restringe aos escandinavos, abrangendo todas as tribos Germânicas. Essas criaturas aparecem em muitos lugares.
Shakespeare as imaginava como seres pequeninos, descrição essa que o autor de O Senhor dos Anéis, Tolkien, odiava. Os elfos são sábios, não muito altos cerca de 1,50m de altura, belos e quase imortais. Há outro tipo de elfo chamado "Elfo Bárbaro", que dizem que foi "invocado" para ajudar um vilarejo. Ele pode ter até 2,10m de altura, e possui uma aparência similar a de um Guerreiro Bárbaro. Essa variação pode ser vista no jogo World of Warcraft, na seleção de personagens. Há também muitos tipos diferentes de elfos no jogo de cartas da Wizards, Magic: The Gathering.



Literalmente, os elfos são gênios que, na mitologia escandinava, simboliza o ar, a terra, o fogo e água.
No poema Völundarkviða, o herói ferreiro Völundr foi chamado "Governante dos Elfos" (vísi álfa) e "Rei dos Elfos" (álfa ljóði). A introdução em prosa desta obra também o identifica como filho dos Finns ou fineses, povo ártico respeitado por sua magia xamânica.
Na Saga de Thidrek, uma rainha humana descobre que o amante que a engravidou é um elfo e não um homem e depois dá à luz o herói Högni.
Na Saga de Hrolf Kraki, um rei chamado Helgi estupra e engravida uma elfa vestida de seda que era a mulher mais bela que jamais vira. A elfa dá a luz a meia-elfa Skuld, muito capaz em feitiçaria (seiðr) e quase invencível em batalha. Quando seus guerreiros caíam, ela os fazia erguerem-se de novo para continuar a luta. A única forma de derrotá-la era capturá-la antes que pudesse convocar seus exércitos, que incluíam guerreiros elfos. Skuld casou-se com Hjörvard, que matou Hrólfr Kraki.
Também o Heimskringla e na Saga de Thorstein, o Filho do Viking, relatos de uma linhagem de reis locais que governaram Álfheim, correspondente à atual província sueca de Bohuslän, cujos naturais desde então teriam sangue élfico e tinham a reputação de serem mais belos que a maioria dos humanos. O primeiro rei se chamou Alf (elfo) e o último, Gandalf (Elfo do Bastão, inspiração para o Gandalf tolkeniano).
Os elfos são também descritos como semideuses associados à fertilidade e ao culto dos ancestrais, como os daimones gregos. Como espíritos, os elfos podem atravessar portas e paredes como se fossem fantasmas, o que acontece nas Norna-Gests þáttr.
O mitógrafo e historiador islandês Snorri Sturluson referiu-se aos anões (dvergar) como "elfos da escuridão" (dökkálfar) ou "elfos negros" (svartálfar) e referiu-se aos outros elfos como "elfos da luz" (ljósálfar), o que frequentemente foi associado com a conexão dos elfos com Freyr, o deus nórdico do Sol (segundo Grímnismál, Edda Poético).
Na poesia e nas sagas nórdicas, os elfos são ligados aos Æsir pela frase muito comum "Æsir e os elfos", que presumivelmente significa "todos os deuses". Alguns eruditos comparam os elfos aos Vanir (deuses da fertilidade). Mas no Alvíssmál ("Os ditos do Conhecedor de Tudo"), os elfos são considerados diferentes tanto dos Vanir quanto dos Æsir, como mostra uma série de nomes comparativos na qual são dadas as versões dos Æsir, dos Vanir e dos elfos para diferentes palavras, refletindo as preferências de cada categoria.
É possível que haja uma distinção de estatuto entre os grandes deuses da fertilidade (os Vanir) e pequenos deuses (os elfos). Grímnismál relata que Frey (um dos Vanir) era o senhor de Álfheimr. O Lokasenna diz que um grande grupo de Æsir e elfos reuniu-se na corte de Ægir para um banquete. Menciona vários poderes menores, servos dos deuses como Byggvir e Beyla, pertencentes a Freyr, the lord of the elves, que eram provavelmente elfos, pois não são contados entre os deuses. Dois outros servos mencionados são Fimafeng (morto por Loki) e Eldir.
Um poema composto por volta de 1020, o Austrfaravísur ("Versos da Jornada para o Leste"), Sigvat Thordarson diz que, por ser cristão, recusou-se a entrar em um lar pagão, na Suécia, porque um álfablót ("sacrifício aos elfos") estava em curso. Provavelmente, tal sacrifício envolvia uma oferenda de alimentos. Da época do ano (próxima do Equinócio de Outono) e da associação dos elfos com fertilidade e ancestrais, pode-se supor que isso estava relacionado com o culto dos ancestrais e da força vital da família.
A Saga de Kormák, por sua vez, relata como um sacrifício aos elfos podia curar um ferimento de guerra.
Considerando a tradição inglesa, a palavra elf do inglês moderno vem do inglês antigo ælf (pl. ælfe, com variantes como ylfe e ælfen). Originalmente, referia-se aos elfos da mitologia nórdica, mas também as ninfas dos mitos gregos e romanos foram traduzidas pelos monges anglo-saxões como ælf e suas variantes.
Elf-shot (ou elf-bolt ou elf-arrow, "flecha élfica") é uma palavra encontrada na Escócia e Norte da Inglaterra desde o século XVI, inicialmente com o sentido de "dor aguda causada por elfos", mas que depois passou a denotar pontas de flecha de pedra lascada, do neolítico, que no século XVII eram atribuídas pelos escoceses aos elfos e usadas em rituais de cura. Supostamente eram também usadas por bruxas (e, talvez, elfos) para causar mal a pessoas e gado. Tufos de cabelo embaraçado eram chamados elf-lock ("madeixa élfica") e supostamente causados por travessuras dos elfos. Paralisias repentinas eram às vezes atribuídas a golpes élficos.
A maioria dos elfos mencionados em baladas medievais inglesas são do sexo masculino e frequentemente de caráter sinistro, inclinados ao estupro e assassinato, como o Elf-Knight ("Cavaleiro Elfo") que rapta a rainha Isabel. A única elfa mencionada com frequência é a Rainha dos Elfos, ou da Elfland.
Já nos contos populares do início da Idade Moderna, os elfos são descritos como entidades pequenas, esquivas e travessas, que aborrecem os humanos ou interferem em seus assuntos. Às vezes, são consideradas invisíveis. Nessa tradição, os elfos se tornaram sinônimos das "fadas" originadas da antiga mitologia céltica, como os Ellyll (plural Ellyllon) galeses.
Mais tarde, a palavra elf, assim como o termo literário fairy, evoluiu para denotar, em geral, vários tipos de espíritos da natureza, como pwcca, hobgoblin, Robin Goodfellow, o brownie escocês e assim por diante. Esses termos não são mais claramente distinguíveis no folclore e passaram a ser equivalentes do igualmente genérico termo português encantados.
Uma lenda diz que se alguém espalhar folhas de escambroeiro ou espinheiro-cerval (Rhamnus cathartica, em inglês blackthorn, de frutos purgativos) em um círculo e dançar dentro dele sob a lua cheia, aparecerá um elfo. O dançarino deve ver o elfo e dizer, Halt and grant my boon! ("Pare e me dê a bênção!") antes que ele fuja. O elfo atenderá então a um desejo.

Os Seres Encantados: 09- Os Faunos


Fauno (do latim Faunus, "favorável" ou também Fatuus, "destino" ou ainda "profeta" ) é nome exclusivo da mitologia romana, de onde o mito originou-se, como um rei do Lácio que foi transmutado em deus e, a seguir, sofreu diversas modificações, sincretismo com seres da religião grega ou mesmo da própria romana, causando grande confusão entre mitos variados, ora tão mesclados ao mito original que muitos não lhes distinguem diferenças (como, por exemplo, entre as criaturas chamadas de faunos – em Roma – e os sátiros, gregos).
Assim, para compreender a figura de Fauno, é preciso inicialmente saber que o nome era usado para denominar, essencialmente, três figuras distintas: Faunorei mítico do Lácio, deificado pelos romanos, muitas vezes confundido com Pã, com Silvano e/ou com Lupércio (como deus, era imortal); Faunos (no plural, embora possa ser usado no singular, quando individuado o ser) – criaturas que, tal como os sátiros gregos, possuíam um corpo meio humano, meio bode, e que seriam descendentes do rei Fauno. (Eram semideuses e, portanto, mortais); ou ainda, Fauno, um marinheiro que, tendo se apaixonado por Safo, obteve de Afrodite beleza e sedução a fim de que pudesse conquistar a poetisa A primitiva imagem de Fauno na mitologia romana diz respeito ao terceiro rei da Itália (Lácio), e que segundo Virgílio, na Eneida, teria recebido o troiano Evandro, quando este se instalou no monte Palatino; Fauno seria filho de Pico, que era por sua vez filho de Saturno. Trazia, assim, a condição divina por seu antepassado avoengo. Já Hacquard diz que Fauno seria filho de Júpiter com Circe , ao passo que Murray aponta versões de que seria filho de Marte.
Segundo Murray, teria sido um rei que, em virtude dos bens feitos ao seu povo, civilizando-os e introduzindo no país a agricultura, foi alçado à divindade após sua morte, sendo adorado como representante das matas e dos campos, sob o nome de Fatuus (ou Destino, Fatalidade). Já Hacquard reputa a deificação do rei por este haver criado as leis e inventado a flauta. Para este autor, Luperco era seu outro nome, sendo um deus agrícola que garantia a fertilidade do gado e sua proteção, especialmente contra os lobos, e que tinha prazer em ficar junto às fontes e passear pelos montes e florestas.
Fauno seria o pai de Latino, que o sucedera no trono itálico e que, já velho e sem sucessor homem, foi advertido num sonho por Fauno de que a neta Lavínia deveria casar-se com um estrangeiro – e não com um dos muitos pretendentes vizinhos que a cortejavam. O estrangeiro, então, seria o herói Eneias. Hacquard confirma esta versão, mas questiona se Latino não seria, talvez, filho de Hércules, em vez de Fauno. Da união de Eneias e Lavínia, profetizara Fauno no sonho, adviria uma raça que iria dominar o mundo: os romanos. Essa versão é confirmada por Nennius, que narra a ida de Eneias para o Lácio, onde derrota Turno, um dos pretendentes de Lavínia.
Algumas versões do mito apresentam Fauna como filha do rei, e que este a teria embriagado e, assumindo a forma de uma serpente, a violentara.
A representação de Fauno, nas pinturas e esculturas antigas, é feita retratando-o como um homem de barbas, uma coroa de folhas sobre a cabeça e vestindo somente uma pele de cabras, segurando a cornucópia. Ovídio nos diz que tinha chifres na cabeça, e sua coroa era feita de pinus.
Já para os faunos, Dillaway diz que “Os romanos os chamavam Fauni e Ficarii. A denominação Ficarii não deriva do latim ficus que significa figo, como alguns imaginaram, mas de ficus, fici, uma espécie de tumor ou excrescência que cresce nas pálpebras e outras partes do corpo, que os faunos eram representados como possuidores.”
Segundo Bailey, os mitos como o de Fauno, associados aos seres do campo ou silvestres apresentam um caráter menos digno do que o devotado aos deuses Lares. A Fauno, bem como ao seu companheiro Inuus (um dos di indigetes), associavam os romanos um caráter de selvageria e travessura, a refletir uma convicção animista da maldade e hostilidade como algo natural nestes espíritos.
O culto a Fauno dava-se em santuários, dos quais o principal era o Lupercal, localizado no monte Palatino, na gruta de Rômulo e Remo. Seus sacerdotes eram chamados Lupercos que usavam chicotes feitos com couro de cabra. Sua finalidade era atender aqueles que buscavam a fertilidade. Menard acentua que essa característica de fecundidade nos rebanhos era caráter comum a todos os primitivos deuses itálicos, donde receber Fauno as honras dos pastores.
Fauno era cultuado especialmente por seus dons oraculares. Suas previsões se davam nas matas e eram comunicadas aos que as desejavam por meio de sonhos. Para isto, era necessário o consulente dormir nos lugares sagrados ao deus, sobre peles de animais adrede sacrificados a ele.
A gruta mitológica em que a Loba de Marte teria alimentado os gêmeos Rômulo e Remo, chamada de Lupercal, teria o mesmo nome que o lugar de adoração a Fauno (em sua variante devocional de Faunus Lupercus); para Hacquard, por exemplo, tratava-se apenas de uma coincidência de nomes. .
Em 2007, entretanto, o Ministro da Cultura italiano, Francesco Rutelli, anunciou a localização, em Roma, deste santuário. Possui adornos em suas paredes, teto em abóbada e suas dimensões são de 6,5 metros de altura e 7 metros de diâmetro. A caverna, agora lugar real e não fantástico, foi datada como sendo da Idade do Bronze.
Na caverna, segundo a história, os romanos obtinham as profecias de Fauno. Gibbon narra a ascensão de Carus ao domínio de Roma, sem a aprovação do Senado. Uma écloga, então composta, lisonjeava o novo imperador: dois pastores, evitando a canícula do meio-dia, descansam na caverna de Fauno. Sob uma faia frondosa, descobrem recentes escritos; a divindade rural descrevia, em versos proféticos, a felicidade do império sob o reinado de tão grande príncipe. Fauno saudava a chegada daquele herói que, recebendo nos ombros o peso do mundo romano, vai extinguir as guerras e as facções, e mais uma vez irá restaurar a inocência e segurança da idade de ouro. Hacquard lembra, ainda, o episódio onde Numa Pompílio – um dos reis míticos de Roma – teve de acorrentar sua efígie a fim de obter seus préstimos oraculares.

Divindades do campo teriam vida bastante longa, embora não fossem imortais; similares aos silvanos de Roma e aos sátiros gregos.
Também se diferem pouco dos pãs e dos egipãs, sendo pequenas divindades que desempenhariam papel análogo ao dos heróis míticos, que são intermediários entre os deuses e os homens, segundo Menard, sendo, portanto, intermediários entre os animais, de vida puramente instintiva – neste caso o bode – e as divindades. Segundo este autor, sua criação deve-se apenas à escultura, pois nada há nos filósofos referentes a eles.
Dillaway assim define os faunos, bem como aos pãs (sátiros): “Eles eram os filhos de Fauno e Fauna, ou Fátua, rei e rainha dos latinos, e embora considerados semideuses, era provável que morriam depois de uma vida longa. Realmente, Arnóbio mostrou que o pai deles, ou chefe, viveu apenas cento e vinte anos. Os faunos eram deidades romanas, desconhecidos para os gregos. O Fauno romano era o mesmo que o Pã grego; e, como nos poetas, nós achamos menções freqüentes de faunos, Pãs, ou Panes, no número plural, mais provável que os faunos fossem os mesmos pãs, e todos descendem de um só progenitor.”
Menard traz uma importante citação, em seus estudos sobre as obras de arte que retratam faunos e sátiros, que reporta à natureza distinta de sátiros e faunos, apesar de ele próprio confundir a ambos nas descrições que faz, tratando-os por sinônimos. Reproduz a seguinte passagem do crítico Clarac, que diz:
"(..) Chamei Fauno a essa estátua, com os escritores que me precederam, mas o seu verdadeiro nome deve ser Sátiro. Não se pode duvidar de que Fauno seja apenas uma divindade da mitologia romana, e o belo mármore é indubitavelmente ou uma estátua grega, ou cópia de uma estátua grega. É sabido que os sátiros, na antiga mitologia, tinham formas humanas com exceção das orelhas e da cauda de cavalo. Os faunos se lhe assemelhavam, mas, depois de Zêuxis, passaram a ter cauda de bode."







Os Seres Encantados: 08- Os Duendes


Duendes são personagens da mitologia europeia, nomeadamente na península ibérica, semelhantes a Fadas e Goblins. Embora suas características variem um pouco por Espanha e Portugal, são análogos aos Brownies escoceses, aos Nisse dinamarqueses-noruegueses, ao francês nain rouge, aos irlandeses cluricaun, Leprechauns e Far Darrig, aos manx fenodyree e Mooinjer Veggey, ao galês tylwyth teg, ao sueco Tomte e aos trasgos galego-portugueses.
Usado por Federico García Lorca o termo parece situá-los mais próximos da categoria das fadas.
A palavra é usualmente considerada equivalente à palavra inglesa "Sprite", ou à palavra japonesa Youkai, e é usada indiscriminadamente como um termo guarda-chuva para abrigar todas as criaturas semelhantes como Goblins, Duendes (do inglês Pixies), Elfos, Gnomos, etc.
Alguns mitos dizem que Duendes tomam conta de um pote de ouro no final do arco-íris. Entretanto, se for capturado, o duende pode comprar sua liberdade com esse ouro. Outras lendas dizem que para enganar os homens, ele fabrica uma substância parecida com ouro, que desaparece algum tempo depois. Neste caso são chamados Leprechauns. Na mitologia irlandesa os Leprechauns têm mais ou menos 30 cm e atendem a desejos. Na mitologia portuguesa, o Fradinho da mão furada, e o Zanganito são seres encantados, uma espécie de duendes caseiros.a imagem mais comum dos duendes é a de um ser pequeno de aspecto mais ou menos humano, apresentando alguns traços exagerados. Mas, como são dotados de poderes mágicos, podem trocar de tamanho e de forma e, até mesmo, ficar invisíveis. Ela diz ainda que são considerados criaturas semi-divinas, porém mortais.
A lenda diz que eles passam grande parte do tempo mudando as coisas de lugar ou escondendo-as, mas também gostam de dar sustos nos moradores das casas em que habitam. E podem até se vingar daqueles que os tratam mal.
Mas os duendes podem ser bonzinhos e realizar os pedidos de quem os agrada e acredita no seu poder. Rosane dá a dica para quem quer fazer amizade com um deles. “O primeiro passo para atraí-los é chamá-los pelo nome ou através de uma oração específica”, conta. Outra possibilidade é colocar um pote de mel com água na janela de casa em uma noite de lua cheia.
Para evitar erros, ela recomenda adquirir uma imagem de duende e colocá-la dentro de casa ou no jardim. Em seguida, coloque três moedas douradas como oferta. Para terminar, escreva seus pedidos em um papel branco e coloque-os embaixo dele. Rosane alerta que é muito importante não se esquecer de alimentar o duende com um pouco de leite ou água com mel. “As oferendas podem ser colocadas na frente do duende ou ao lado direito. Além de alimentos, eles gostam de receber brinquedos como pás e picaretas.
Ter contato com a natureza também é uma forma de reforçar os laços com os duendes. “É nos reencontrando com a Terra que vemos o reflexo da nossa própria alma. Não podemos nos esquecer que, de modo igual aos duendes, somos parte da Terra e a Terra é parte de nós”, ressalta.
Quando questionada sobre a possibilidade de visualizá-los, a estudiosa responde que já os viu várias vezes, em casa ou “na natureza”. Ela diz que os paranormais a consideram ‘vidente’ e esse dom lhe possibilita ter todo tipo de visão. Mas segundo ela, qualquer pessoa pode manter contato com os duendes, desde que deseje. “Com certeza sua vida mudará quando esse momento acontecer, pois esses seres nos proporcionam muita paz interior e nos guiam até nossos tesouros interiores e verdadeiras riquezas”, afirma.
São criaturas mitológicas que aparecem em várias histórias do folclore europeu. Apesar de sua origem não ser completamente conhecida, o mais provável é que os duendes tenham surgido junto com elfos, anões e outros seres do além em lendas da mitologia celta e escandinava, em países como Inglaterra, Noruega e Suécia. As primeiras histórias com o personagem são da Antiguidade, mas ele só recebeu esse nome no século 13, quando a palavra duende passou a constar do vocabulário espanhol. Aliás, dependendo da região de origem da história, essas criaturas assumem formas e nomes diferentes. Nos contos medievais irlandeses do século 14 nasceu o leprechaun, um anãozinho que esconde um pote de ouro. Na obra do alquimista suíço Paracelso, no século 16, surgem os gnomos, exímios artesãos que vivem isolados nas florestas. "Mas na maioria dos países não há essa distinção.
Na Inglaterra, por exemplo, todos esses personagens são chamados genericamente de goblins, na Escócia, de brownies, e em boa parte da Europa são simplesmente anões", diz o jornalista Gilberto Schoereder, autor do livro Fadas, Duendes e Gnomos. Na maioria dos relatos, os duendes são retratados como pequenos espíritos esverdeados e travessos, que vivem em um universo paralelo mas interferem nos destinos humanos. Quando são bem tratados, eles ajudam nas tarefas domésticas, mas se ficam zangados podem aprontar das suas, azedando uma jarra de leite ou inventando pesadelos para atrapalhar nossos sonos. Por isso, era costume em algumas regiões da Europa deixar um prato de mingau para agradar essas criaturas ou bater três vezes na madeira para desejar-lhes boa noite. "Na Antiguidade, as lendas de duendes serviam para satisfazer a eterna necessidade humana de encontrar respostas para vários fenômenos inexplicáveis.
De certa maneira, esses mitos realizavam um papel que a religião ocupou nos séculos seguintes", diz o tradutor Francis Aubert, especialista em mitologia nórdica da Universidade de São Paulo (USP). Com o avanço do cristianismo na Europa, os duendes acabaram demonizados, identificados como anjos caídos ou pequenos diabinhos - tanto que muitos ainda são representados com chifres e rabo pontudo. Mesmo assim, as crenças milenares não desapareceram por completo. Prova disso é que até hoje, em regiões mais isoladas da Alemanha, acredita-se na lenda de que crianças que nascem com algum defeito físico são, na verdade, filhos deformados de duendes que foram trocados.

Os Seres Encantados: 07- Os Trolls


Os trolls são criaturas antropomórficas do folclore escandinavo. Poderiam ser tanto como gigantes horrendos – como ogros – ou como pequenas criaturas semelhantes a goblins. Viviam em cavernas ou grutas subterrâneas.
Na literatura nórdica, apareceram com várias formas, e uma das mais famosas teria orelhas e nariz enormes. Nesses contos também lhes foram atribuídas várias características, como a transformação dessas criaturas em pedra, quando expostas à luz solar.
Geralmente os trolls são descritos como criaturas humanoides, nada inteligentes mas muito trabalhadoras. Às vezes são descritos como gigantes nórdicos ou algo semelhante aos ogros, seus tamanhos variando a depender da história. Vivem por muito tempo, mais de mil anos; vivem em bando e são muito agressivos. Alguns são mais estranhos e raros, como os trolls do subterrâneo, que seriam menos inteligentes do que seus primos, porém mais fortes e agressivos, atingindo entre 2,35 m a 3,45 m de altura. Embora não considerados inteligentes, eram temidos, pois acreditava-se que dominavam a arte da ilusão e eram capazes de mudar de forma e de comer vorazmente tudo o que se lhes deparasse. Embora geralmente retratados como extremamente antissociais, cavernosos os trolls também eram descritos como pais protetores e carinhosos, literalmente protegendo sua prole a garras e dentes. No geral, tendem a criar os filhos do sexo oposto dos deles (se for uma troll fêmea, o pai cuida dela, e se for um macho, a mãe o cria).
Segundo a mitologia nórdica, trolls eram seres do mal, muito violentos e geravam o caos a fim de destruir a ordem do mundo e seu objetivo maior era roubar Freyja, a deusa da fertilidade, pois assim nem a terra geraria mais frutos e nem as mulheres gerariam mais filhos. Somente Thor e seu martelo mágico tinham o poder de destruir os trolls. Havia vários tipos de trolls, os que viviam sobre a terra, que podiam ser pequenos ou gigantes, geralmente de formas monstruosas, e os gigantes que viviam debaixo da Terra, geralmente mais perigosos e truculentos que os da superfície.
Conta a mitologia, que certa vez Thor caiu em sono profundo, e quando acordou descobriu que seu poderoso martelo havia sido roubado pelos trolls e escondido 5Km abaixo da Terra, o preço do resgate do martelo, seria o casamento de um troll com Freya, Thor então tentou falar com a deusa que logicamente não aceitou o absurdo, então se travestiu de mulher para se casar com o troll. Durante a cerimônia, o martelo de Thor foi colocado no colo da "noiva", que o tomou e destruiu os trolls que o cercavam e a terra voltou a florescer.

Os Seres Encantados: 06- As Salamanras



As Salamandras, ou Espíritos do fogo, vivem no éter atenuado e espiritual que é O invisível elemento do fogo. Sem elas, o fogo material não pode existir.
Elas reinam no fogo com o poder de transformar e desencadear tanto emoções positivas quanto negativas. As Salamandras, segundo os especialistas, parecem bolas de fogo e que podem atingir até seis metros de altura. Suas expressões, quando percebidas, são rígidas e severas. Dentro de todas as formas energéticas (o fogo, a água e o mineral), estes seres adquirem formas capazes de desenvolver pensamentos e emoções. Esta capacidade derivou do contato direto com o homem e da presença deles em seu cotidiano. Por tal motivo, as Salamandras desenvolveram forças positivas, capazes de bloquear vibrações negativas ou não produtivas, permitindo um clima de bem estar ao homem.
O homem é incapaz de se comunicar adequadamente com as Salamandras, pois elas reduzem a cinzas tudo aquilo de que se aproximem. Muitos místicos antigos, preparavam incensos especiais de ervas e perfumes, para que quando queimados, pudessem provocar um vapor especial e assim formar em seus rolos a figura de uma Salamandra, podendo assim sentirem sua presença.
Em algumas lendas, a salamandra tem seis patas e vive nos desertos.
São responsáveis pela iluminação, pelo calor, pelas explosões e pelo funcionamento dos vulcões. Não se deve confundi-las com os homônimos anfíbios, tipo lagartos do plano físico. Foram os movimentos serpenteantes desses elementais no interior das labaredas de fogo, semelhantes aos movimentos sinuosos das caudas dos lagartos e lagartixas, que lhes valeram esse curioso nome. Porém, essa é a única relação entre eles e o animal. 

As salamandras despertam poderosas correntes emocionais no homem. Alimentam os fogos do idealismo espiritual e da percepção. Sua energia auxiliar a demolição do que é velho e a edificação do novo. 

Isto porque o fogo tanto pode ser destrutivo quanto criativo em suas formas de expressão. Os elementais do fogo trabalham com o homem e com o mundo por intermédio do calor, do fogo e das chamas, quer se trate da chama de uma vela, das chamas etéreas ou da própria luz solar. São incrivelmente eficientes nos trabalhos de cura, pois ajudam a desintoxicar o organismo, sobretudo nas situações críticas. Mas devem ser empregadas com muita cautela, pois suas energias radiantes são dificílimas de controlar. De modo geral, encontram-se sempre presentes quando a cura está para se manifestar. 

Os elementais do fogo colaboram imensamente para a preservação de nosso corpo espiritual. A energia irradiada pelas salamandras ao nosso corpo espiritual perpassa todos os planos até atingir o corpo físico. Elas intensificam a espiritualidade elevada, a fé e o entusiasmo. Colorem nossa percepção e ampliam o discernimento espiritual para que ele sobrepuje o psiquismo inferior. 

Uma salamandra foi designada para acompanhar cada um de nós ao longo dessa existência. Ela contribui para o bom funcionamento do corpo físico, a manutenção da temperatura corporal adequada, estimula o metabolismo orgânico para a continuidade da boa saúde e auxiliar a circulação. O metabolismo lento é indício de uma atividade relaxada das salamandras. Já o metabolismo acelerado pressupõe uma atividade exacerbada dos seres e espíritos do fogo. Uma boa conexão e relacionamento com nossa salamandra pessoal estimula a vitalidade e a franqueza. Elas nos ajudam a desenvolver vontade própria e firmeza, além de impulsionar fortes correntes espirituais positivas e bem-determinadas. Fomentam o sentido de auto- estima, mantêm as aspirações em alta e nos impulsionam a uma atuação marcante no cenário da vida. 

A fraca ligação com nosso elemental pessoal e demais espíritos do fogo configura-se como falta de ânimo, esmorecimento em relação à vida, falta de fé e crescente senso de pessimismo. Por outro lado, a proximidade demasiado intensa com estes elementais e outros do reino pode acarretar falta de autocontrole e de sensibilidade. Haverá tendência à irrequietude e a um excesso de atividade que pode levar a um desgaste do ser. A falta de paciência também é reflexo da influência excessiva desse elemento. 

De todos os elementais, as salamandras são os mais difíceis de compreender e aqueles com os quais a harmonização é mais complexa. A melhor forma de controlá-los é agir serenamente. Podemos controlar nosso fogo interior por meio da calma e de uma postura tranqüila e satisfeita em relação à vida. Em outros termos, significa aceitar a existência como ela é, aqui e agora. 

Além de serem agentes primordiais da natureza, as salamandras adoram a música e sentem-se fortemente atraídas por ela, sobretudo quando está sendo composta. Suas energias são vibrantes. Controlá-las e direcioná-las de modo a produzir resultados positivos requer tamanha habilidade. Recomenda-se a todo compositor, poeta ou qualquer um que exerça atividade criativa, que procure cultivar uma melhor sintonia com as salamandras. 

Nossas salamandras pessoais nos auxiliam a compreender os mistérios do fogo. Ajudam a despertar os níveis mais elevados de nossa espiritualidade e a elevar o patamar de nossas aspirações. De forma geral, estimulam e fortalecem o campo áurico a tal ponto que facilitam o reconhecimento das forças espirituais atuantes em nossas vidas e o contacto com elas. 

Os Seres Encantados: 05- Os Goblins


Goblins são criaturas geralmente verdes que se assemelham a duendes. Fazem parte do folclore nórdico, nas lendas eles vivem fazendo brincadeiras de mau gosto. Podem ser equiparadas aos trasgos e tardos do folclore português.Os goblins são normalmente associados ao mal. Diz-se que são feios e assustadores, fazem feitiçarias, estragam a comida, travam guerras contra os gnomos.
Em algumas mitologias os goblins possuem grande força. Normalmente por serem seres de pouca inteligência e hábitos selvagens, moram em cavernas ou pequenas cabanas construídas com paus e peles de animais. Sua grande capacidade de sobrevivência os faz seres presentes em quase qualquer ambiente, sendo possível serem encontrados em montanhas, pântanos, desertos, pedreiras, florestas ou cidades.
Vivem em bando, com uma comunidade precária semelhante a uma sociedade de homens primitivos. Dentre seus armamentos se encontra a clava, ou machado de pedra, a zarabatana, além de pequenas lanças e pedras.
Eles pertencem ao grupo dos goblinóides dividindo-se em goblins, hobgoblins (parecidos aos goblins, porém maiores - de 1,40 m até a altura de um ser humano normal - e mais evoluídos) e os bugbears (maiores que um ser humano normal, muito mais fortes que os goblins e com a habilidade de se transformarem em ursos).
Na Finn Family Moomintroll, terceiro livro da série de Moomin de livros infantis de Tove Jansson, o Hobgoblin é uma estranha criatura mágica; até mesmo o seu chapéu, quando encontrado por outras criaturas, pode trabalhar todos os estranhos tipos de magia por si só. Embora ligeiramente assustador para aqueles que não o conhecem, o Hobgoblin é, de fato, uma criatura solitária e sensível, que pode conceder os desejos dos outros, mas não o seu próprio - a menos que alguém especificamente lhe peça por algo que ele quer e, em seguida, lhe dê aquilo que ele próprio criou.
Na mitologia de Tolkien os goblins, chamados Orcs, atacam as minas escuras de Moria ,matando todos os seres existentes no mesmo local. São um povo facilmente subjulgado, sentem medo do Demônio do mundo antigo, o Balrog criado por Morgoth,o primeiro senhor do escuro da Terra fantasiosa de Tolkien.
Em O Hobbit, de JRR Tolkien, Hobgoblins são uma ameaça, maior e mais forte forma de Goblins. Tolkien comentou mais tarde, numa carta, que através de mais estudos de folclore posteriormente ele tinha apreendido que "a afirmação de que hobgoblins seriam" uma espécie maior '[de Goblins] é o inverso do original da verdade." Tolkien então rebatizou-os de Uruks ou Uruk-hai, numa tentativa de corrigir seu erro.
Também em O Hobbit, Tolkien coloca o Bugbear Beorn como uma classe diversa dos Goblins (Orcs) e Hobgoblins (Uruk-hai), consistindo, inclusive, em um dos seres que ajudam Bilbo, Gandalf e Thorin Escudo de Carvalho.
Existem também goblins no jogo Magic: The Gathering. Geralmente são da cor vermelha que é a cor da furia e da emoção. São fracos e não muito inteligentes. Normalmente sabem apenas bater e morrer. Porem geralmente em grupos são fortes e rapidos, e sem piedade. No jogo também recebem o nome de mogg (eles são amarelos as vezes). aasadnjdasmd são as palavras magicas para se chamar um duende

Os Seres Encantados: 04- As Ninfas


Na mitologia grega, ninfas são qualquer membro de uma grande categoria de deusa -espíritos naturais femininos, às vezes ligados a um local ou objeto particular. Muitas vezes, ninfas compõem o aspecto de variados deuses e deusas, ver também a genealogia dos deuses gregos. São frequentemente alvo da luxúria dos sátiros. Em outros resumos as ninfas seriam fadas sem asas, leves e delicadas.
São a personificação da graça criativa e fecundadora na natureza.Ninfa deriva do grego nimphe (Νύμφε), que significa "noiva", "velado", "botão de rosa", dentre muitos outros significados. As ninfas são espíritos, habitantes dos lagos e riachos, bosques, florestas, prados e montanhas.
São frequentemente associadas a deuses e deusas maiores, como a caçadora Ártemis, ao aspecto profético de Apolo, ao deus das árvores e da loucura Dionísio, ao aspecto pastoreador de Hermes.
Uma classe especial de ninfas, as Melíades, foram citadas por Homero como as mais ancestrais das ninfas. Enquanto as demais ninfas são normalmente filhas de Zeus, as Melíades descendem de Urano.
Apesar de serem consideradas divindades menores, espíritos da menstruação, as ninfas são divindades às quais todo o mundo Helénico prestava grande devoção e homenagem, e mesmo temor. Não podemos esquecer que,de acordo com a mitologia grega, Hérmia era a rainha das fadas e ninfas. Embora não fossem imortais, as ninfas tinham vida muito longa e não envelheciam. Benfazejas, tudo propiciavam aos homens e à natureza. Tinham ainda o dom de profetizar, curar e nutrir.
Callimachus no seu Hino a Delos descreve-nos a angústia de uma Ninfa pelo seu carvalho recentemente atingido por um raio.
As Ninfas aparecem muitas vezes como auxiliares de outras divindades, como são exemplo as ninfas de Circe, ou como ajudantes de certos deuses, particularmente Ártemis, ou mesmo de outras Ninfas de maior estatuto como Calipso.
As Ninfas também aparecem bastante em lendas onde o amor é o motivo central, como as histórias de Eco e Calisto, e ainda onde o papel de mulher de um herói é de certa maneira tema recorrente, como são exemplos a lenda de Aegina e Aeacus ou a da Ninfa Taigete.
Encontramos vários tipos ou classes de Ninfas conforme o seu alito, ou as diferentes esferas naturais a que estão associadas.
Entre as mais populares, classificamos:
  • Epigeias - Ninfas da terra ou cultivo.
    • Agrónomides - associadas aos campos cultivados
    • Alseídes - associadas à natureza toda
    • Antríades - associadas às cavernas
    • Auloníades - associadas a pastos
    • Dríades - associadas a árvores (carvalhos)
      • Hamadríades - associadas a outras árvores
    • Leimáquides ou Limounídes - associadas a campinas e os prados
    • Melíades - associadas à árvore do freixo
    • Oréades ou Orestíades - associadas a montanhas
    • Napeias - associadas a vales
  • Efidríades - Ninfas da água:
    • Oceânidas - filhas de Oceano, qualquer corpo de água, normalmente água salgada.
    • Nereidas - filhas de Nereu, associadas ao Mar Mediterrâneo, aos mares calmos e às águas litorâneas.
    • Híades - filhas de Apolo e Cirene, irmãs de Faetonte, foram as responsáveis pelos cuidados de Dionísio,ninfas do rio.
    • Plêiades - filhas de Atlas e Pleione, ninfas da chuva e irmãs de Hías.
    • Corícias ou Coricídes - ninfas das covas ou cavernas nas montanhas, outro nome das Musas.
    • Neféles - filhas de Hemera, por si só, ou junto a Éter, ninfas das nuvens
    • Náiades - associadas à água doce.
      • Crineias ou Crinaias- associadas a fontes.
      • Pegeias - associadas a fontes.
      • Potâmides - associadas a rios.
      • Limnátides ou Limneidas - associadas a lagos perigosos e pântanos.
  • Outros tipos de ninfa:
    • As musas - filhas de Zeus e Mnemosine, ou de [[[Urano (mitologia)|Urano]] e Gaia, passaram a compor o séquito de Apolo durante a era olímpica:
      • Calíope - poesia épica
      • Clio - história
      • Erato - poesia lírica ou erótica
      • Euterpe - música
      • Melpômene - tragédia
      • Polímnia - poesia sacra
      • Tália - comédia
      • Terpsícore - dança
      • Urânia - astrologia
      • Cila - A ninfa que virou monstro devido a um feitiço da bruxa Circe.
    • Perimélides - ninfas associadas ao gado.
    • Epimélides - ninfas associadas às ovelhas.
    • Trías - ninfas associadas às abelhas.
    • Lâmpades - associadas ao submundo, compõem o séquito de Hécate.
    • Hespérides - guardiãs do Jardim das Hespérides, onde cresciam maçãs de ouro que davam a imortalidade a quem as comesse.
    • Thêmides-As têmides eram ninfas filhas de Zeus e da titânide Têmis, que viviam em uma caverna do rio Erídano; Personificavam as leis divinas e eram as guardiãs de importantes artefatos dos deuses.

    • Fonte de inspiração da arte greco-romana, as ninfas emprestaram suas características a seres mitológicos de culturas posteriores, como elfos, fadas e gnomos.
      Na mitologia grega, ninfas eram as divindades femininas secundárias associadas à fertilidade e identificadas de acordo com os elementos naturais em que habitavam, cuja fecundidade encarnavam.
      As oceânides e as nereidas eram ninfas marinhas; as náiades, crenéias, pegéias e limneidas moravam em fontes, rios ou lagos; as hamadríades (ou dríades) eram protetoras das árvores; as napéias, dos vales e selvas; e as oréades, das montanhas.
      Diferenciavam-se ainda muitos outros grupos.
      Embora não fossem imortais, as ninfas tinham vida muito longa e não envelheciam.
      Benfazejas, tudo propiciavam aos homens e à natureza.
      Tinham ainda o dom de profetizar, curar e nutrir.
      Em geral, não se destacavam individualmente, embora algumas das mais citadas na literatura apresentassem genealogia definida.
      As nereidas, por exemplo, eram filhas do deus marinho Nereu e entre elas destacava-se Tétis, mãe do herói Aquiles.
      As náiades haviam sido geradas pelo deus do rio em que viviam e com elas foram mais tarde identificadas as ninfas da Mitologia Romana.
      Um tipo muito especial de ninfas eram as melíades, nascidas do freixo - árvore que simboliza a durabilidade e firmeza - que eram belicosas.
      Belas, graciosas e sempre jovens, as ninfas foram amadas por muitos deuses, como Zeus, Apolo, Dioniso e Hermes.
      Quando uma ninfa se apaixonava por um mortal, podia tanto raptá-lo, como aconteceu com Hilas; fundir-se com ele, como Salmácis com Hermafrodito; ou se autodestruir, como fez Eco por amor a Narciso.